Pessoas de diferentes países se reúnem para cuidar do planeta
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A educação antirracista deve ser tema presente em todos os anos escolares. Na Educação Infantil, não deve ser diferente. Segundo experiência da professora de Educação Infantil do CEI Margarida Maria Alves, de Campinas (SP), é possível enxergar racismo desde o berçário. “Os pequenos já demonstram algumas atitudes racistas, por exemplo, quando priorizam a boneca de uma cor em detrimento de outra. Muitos se surpreendem, mas coisas desse tipo ocorrem porque estamos em uma sociedade racista.”
Isso acontece também porque, desde os primeiros anos de vida, as crianças brasileiras negras e brancas são expostas a modelos de padrão estético e de inteligência fundamentados no eurocentrismo. “Se não houver um trabalho cuidadoso no campo das relações étnico-raciais, as práticas em sala tendem a reproduzir esse modelo, inclusive durante o brincar e o cuidar, que são fundamentais nessa etapa”, aponta ela, também mestre e doutoranda pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).
O reconhecimento de uma sociedade racista é o primeiro passo para que a educação antirracista ganhe cada vez mais espaço nas escolas. A formação dos professores também é essencial para que o tema seja trabalhado de forma firme e sensível. Não existe apenas um modelo de se abordar a educação antirracista dentro da escola. Cada professor, a partir da sua ótica, sua pesquisa e seu repertório, pode contribuir com a causa dentro do seu conteúdo. A troca de conhecimentos entre colegas da rede educacional para uma metodização do ensino antirracista fortalece o desempenho da escola por uma educação mais diversa, inclusiva e com equidade racial.
Fontes: Instituto Vini Jr., Unicef e Nova Escola.
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