Brasil sai do Mapa da Fome da ONU, mas situação ainda preocupa
O tema da insegurança alimentar é um assunto presente na vida de muitas famílias dentro da comunidade escolar. As refeições feitas dentro das escolas têm grande importância no dia a dia de muitas crianças. Segundo o IBGE, em 2023, mais de oito milhões de brasileiros estavam na linha da insegurança alimentar grave. Se somarmos com a insegurança alimentar leve e moderada, eram 64,2 milhões de brasileiros.
O Brasil é um dos países que mais produzem alimentos no mundo, ficando atrás apenas de China, Índia e Estados Unidos. Em 2024, nosso país produziu 283 milhões de toneladas de alimentos e bebidas, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia). O Brasil está na liderança na produção de alimentos como soja, milho, cana de açúcar, café, laranja e arroz. Ainda assim, muita gente acorda sem saber se vai conseguir comer.
“Ainda que a criança faça refeições na escola, se na residência dela não chegam alimentos em variedade e quantidade suficiente, ela está em situação de fome”, diz a professora do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP, Ana Paula Bortoletto Martins.
“A alimentação escolar é fundamental para a nutrição infantil, mas ela não resolve essa nutrição se falta comida em casa, se as outras pessoas da família estão deixando de comer. As políticas públicas devem reforçar estratégias como as cozinhas solidárias, fazer busca ativa nos cadastros de benefícios e acompanhar o acesso a emprego e trabalho dessas famílias”, defende Ana Paula. No caso das crianças, a professora explica que é preciso fortalecer o acompanhamento nutricional dos pequenos a partir dos sistemas públicos de saúde.
Fontes: Pacto contra a fome, Agência Brasil, G1, Consumidor Moderno, Educação e Território e ONU.
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