O cuidado com a alimentação deve acontecer em casa e na escola
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Alimentação não deve ser assunto só para adultos. Estimular as crianças a prestarem atenção no que comem, na qualidade e na quantidade dos alimentos estimula o hábito saudável e ajuda a evitar doenças como obesidade e diabetes. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 3 milhões de crianças com menos de 10 anos têm obesidade. A obesidade infantil é um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil e no mundo.
Você já ouviu aquela história de que quanto mais colorido, melhor? Pois é, essa é uma dica valiosa para ajudar as crianças a entenderem o que é ter uma alimentação saudável e equilibrada. “Cada cor representa um grupo diferente de vitaminas e minerais. Costumo dizer que a alimentação deve conter todas as cores do arco-íris, que é importante comer um alimento de cada cor ao longo do dia. Incentivo sempre a prática do descasque mais e desembale menos”, aconselha a nutricionista Fernanda Lepera, especialista em alimentação infantil.
Doces, chocolates, batata frita e salgadinhos. Tudo isso é uma delícia e as crianças adoram. Mas é preciso entender por que o consumo exagerado desses alimentos pode fazer mal. Saber disso ajuda as crianças a participarem das próprias escolhas. “Por volta dos 7 anos, as crianças já passam a entender o impacto dos alimentos na saúde e começam a fazer escolhas com mais autonomia”, conta Fernanda.
Os vilões da alimentação
Com certeza você já ouviu falar em alimentos ultraprocessados. Eles são produtos industrializados, feitos com muitas substâncias artificiais e pouco ou nenhum alimento de verdade. “Costumam ser ricos em açúcar, gordura ruim, sal e aditivos químicos”, explica a nutricionista. “Quando consumidos todos os dias, esses alimentos aumentam o risco de problemas de saúde, como obesidade, diabetes, colesterol alto e alterações no intestino e no humor. Eles oferecem muita energia (calorias), mas quase nenhum nutriente importante para o crescimento”, completa.
Alguns alimentos, em especial, podem ser perigosos quando consumidos em excesso e com frequência. Inclusive estão no radar de órgãos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os chamados fast foods (comidas rápidas), como hambúrgueres, pizzas, batata frita, lideram o ranking dos mais prejudiciais ao nosso organismo. Outros alimentos que também exigem cuidado são: doces (por causa do açúcar), embutidos (como salsicha, presunto e linguiça), sucos em pó, refrigerantes, salgadinhos e macarrão instantâneo. Todos eles devem ser consumidos com moderação.
Na prática
Muitas escolas adotaram as hortas pedagógicas como parte de seu projeto interdisciplinar. É uma prática que favorece diversas áreas do conhecimento. Para as crianças da Educação Infantil, é um projeto muito bem-aceito. Além do contato com a terra e com a natureza, estimula conversas sobre o ciclo do alimento, sobre cuidados necessários, além de estimular a experimentação de novos sabores.
As crianças podem participar ativamente do cuidado das verduras, hortaliças e frutas, acompanhar seu desenvolvimento e experimentar o resultado final, percebendo suas cores, texturas e sabores.
Fonte: Estado de Minas.
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