O bullying é uma das formas de violência mais relatadas por alunos
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O cenário é desafiador. Os casos de violência nas escolas vêm aumentando nos últimos anos e preocupam toda a comunidade escolar. O Atlas da Violência de 2024 indicou que houve um crescimento no número de estudantes que relatam terem sofrido bullying. Em 2009, o percentual de alunos de escolas brasileiras que relataram ter sido vítimas desse tipo de agressão subiu de 30,9% para 40,5%.
Em um levantamento realizado em 2023 pelo Instituto Locomotiva e pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, 48% dos alunos afirmaram já ter sofrido alguma agressão e 19% dos professores também. A sensação de insegurança em relação ao entorno escolar atinge 41% dos estudantes e 24% dos professores.
Diante desse quadro, a comunidade escolar se esforça em pensar estratégias para lidar com esta violência. Para combater o bullying nas escolas, é preciso que todos se envolvam: alunos, professores, gestores e outros funcionários, além da família e do Estado. Todos são responsáveis por construir o caminho que levará à diminuição dos casos.
É dever das escolas promoverem o desenvolvimento de habilidades socioemocionais e a saúde mental dos estudantes, desempenhando um papel importante na construção de um ambiente escolar saudável e acolhedor, ao atuar nos desafios que o bullying traz, e não apenas contornando as situações que aparecem. “A escola que produz apenas punição a partir do erro está fadada ao fracasso. É preciso exercitar a escuta ativa da vítima e entender o contexto em que a instituição está inserida para pensar em soluções melhores”, acredita Luciana Viegas, fundadora do movimento Vidas Negras com Deficiência Importam.
Fontes: Fapesp e Porvir.
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