Mudanças climáticas afetam, principalmente, os locais mais vulneráveis
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Você sabia que 1.383 escolas brasileiras estão localizadas em áreas de risco para inundações, enxurradas ou deslizamentos de terra. Isso equivale a uma em cada 15 escolas nas capitais do país. Desse total, quase 90% estão dentro de favelas ou a no máximo 500 metros de distância de uma.
Os dados fazem parte do estudo “O acesso ao verde e a resiliência climática nas escolas das capitais brasileiras”, realizado pelo Instituto Alana, Fiquem Sabendo e MapBiomas, e tabulado pela Agência Pública, em levantamento divulgado pela revista CartaCapital.
Esses números revelam como as desigualdades sociais e raciais influenciam na exposição aos impactos das mudanças climáticas. Classe social, raça e renda afetam diretamente a capacidade de prevenção contra desastres ambientais. As áreas mais pobres são as mais atingidas, e grupos vulneráveis, que vivem em regiões degradadas e com pouca infraestrutura, acabam sendo os mais prejudicados.
O conceito de “racismo ambiental” surgiu há cerca de 50 anos, cunhado por Benjamin Franklin Jr., uma das lideranças dos movimentos pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos e assistente de Martin Luther King Jr.. O termo descreve como comunidades marginalizadas são desproporcionalmente afetadas por problemas ambientais.
No Brasil, comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas também sofrem com o racismo ambiental. Os territórios onde vivem são constantemente alvos de desmatamento, invasões e conflitos, o que coloca em risco tanto as populações quanto o equilíbrio ambiental dessas regiões.
Fonte: Carta Capital e Porvir
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